Chãs d’Égua

União Progressiva de Chãs d'Égua

União Progressiva de Chãs d’Égua

Na aldeia de Chãs d’Égua existe a União Progressiva de Chãs d’Égua, uma associação sem fins lucrativos.

Posto de Atendimento: 235 732 657
Centro de Convívio: 235 731 122

Centro Interpretativo de Arte Rupestre

Introdução

No Vale de Chãs d’Égua as rochas gravadas dialogam entre si, incluindo-se num conjunto arqueológico mais vasto, de dimensão religiosa complexa. Um espaço sagrado com características de santuário rupestre, cujo centro simbólico seria a Lajeira dos Freixieiros.

É por isso possível que o vale tenha sido considerado um enorme campo de significações simbólicas para uma população relativamente estável, que partilhou desde o Neolítico Final as condições desse ecossistema delimitado.

Tudo aponta para a existência no vale, desde essa data, de um povoado de altura habitado por populações que associavam a criação de gado à agricultura. É provável também que esta aldeia tenha sido, durante o Bronze Final, o pólo de um poder político e simbólico assente na exploração mineira e no controlo de uma rota terrestre de busca e distribuição de estanho.

O Centro

As mais de 100 rochas já descobertas na freguesia do Piódão, constituem a mais importante concentração de arte rupestre conhecida até ao momento no território que se estende entre o Tejo e o Alto Côa. Tal facto foi determinante para a instalação de um Centro Interpretativo de Arte Rupestre no centro simbólico deste território.

Este funciona como sítio explicativo e acolhimento para visitas guiadas a diversos núcleos rupestres.

As Gravuras

Os motivos gravados encontram-se quase sempre em superfícies de afloramento bem visíveis, oblíquas ou sub-horizontais em relação ao solo. Há uma evidente relação entre estas rochas e locais visualmente privilegiados (como montes, vales, cursos de água e rotas de comunicação), de forma a marcar simbolicamente um determinado território.

A maioria das gravuras está concentrada em duas áreas distintas: Vale de Chãs d’Égua e em zonas de cumeada/meia encosta viradas para o rio Ceira. Tudo indica que a estas diferentes localizações correspondem também diferentes cronologias – o período entre o fim do Neolítico e o Bronze.

Final no primeiro caso; o período entre o Bronze Final e a 1ª Idade do Ferro no segundo.

A arte rupestre encontrada neste território é essencialmente de tipo esquemático.

Muitas das gravuras descobertas enfatizam a ligação entre o poder mágico-religioso e o culto das águas correntes. É o caso das figurações de cabaças, visíveis em diversas rochas.

Animação/Visitas

No lugar de Chãs D’Égua, na Aldeia Histórica de Piódão, os trilhos são desbravados entre o mato rasteiro, assim como se desbravam caminhos numa aventura que nos faz percorrer milhares de anos.

As visitas fazem-se a duas áreas distintas: Vale de Chãs D’Égua e Cumeada, no alto da serra. Zonas nas quais as gravuras são de diferentes cronologias (fim do Neolítico e o Bronze final no primeiro caso e período entre o Bronze Final e a 1ª Idade do Ferro no segundo). É nestas encostas que se avistam sucalcos feitos ao longo de inúmeras gerações. As lisas rochas, gravadas durante séculos com imagens enigmáticas e simbólicas, surgem como que brotando desta terra de solo xistoso.

Também se contemplam outras gravuras com temática semelhante, embora gravadas noutras eras, inclusive recentes. Como são o caso de muitos cruciformes medievais (cruzes) e podomorfos (pés). Feitas por pastores ou agricultores, mediante imitação daquilo que viam, podendo ter servido para pedir boas colheitas, por motivos místicos ou simplesmente lúdicos.

Para o visitante interessado em se inteirar do contexto da arte rupestre e da geografia local, há a visita ao Centro Interpretativo de Arte Rupestre em Chãs d’Égua. Um pretexto para que também se conheça a aldeia por dentro.

Contactos

Email: rupestre.chas.egua@cm-arganil.pt