Facebook
Se já não havia dúvidas quanto à importância do passo que Soito da Ruiva deu, esta expressão da Presidente da Comissão de Melhoramentos resume o sentimento de todos os envolvidos no projecto Soito da Ruiva quando confrontados com esta feliz coincidência.
Certamente se questionam já nesta fase sobre o que se passou nesta Aldeia perdida num vale da Serra do Açor. Apesar de distante dos grandes centros urbanos a realidade actual desta aldeia passa pelo seu site que procura mostrar modos de vida passados e presentes, tradições e actividades que procura manter vivas através dos seus habitantes e descendentes.
Dizem que a internet tem destas coisas… E se conseguimos viajar para locais distantes sem sair da nossa casa, neste caso conseguimos reencontrar ou conhecer alguém que faz parte da nossa família e sobre quem não sabíamos nada. Foi isto que aconteceu em Soito da Ruiva e mais precisamente a dois cibernautas que visitaram o nosso site.
Tanto a Maria de Fátima Lopes como o Casimiro dos Santos deixaram um pequeno comentário no nosso site onde mostraram interesse em saber da existência de familiares nesta aldeia. Esta coincidência aguçou a curiosidade da Presidente da Comissão de Melhoramentos, Teresa Neves, que procurou descobrir se havia efectivamente algum familiar vivo a residir na aldeia ou natural de lá.
E como “não há coincidências” aquilo que começou por ser mera curiosidade acabou por revelar-se em laços familiares, não só entre estes dois cibernautas e um natural da aldeia mas também entre os dois cibernautas.
O avô da Maria de Fátima (Casimiro Bento Lopes) era irmão do avô do Casimiro Santos (José Bento Lopes) e para completar este triângulo familiar um dos elementos e grande entusiasta do Grupo de Danças e Cantares de Soito da Ruiva, Manuel Grácio, é também familiar destes dois visitantes do nosso Site.
Mas esta história está longe de ter ficado por aqui e se a internet revelou estes laços familiares, o Sr. Manuel Grácio quis ir muito mais longe. Em Agosto estes três, até então, desconhecidos, vão poder partilhar as suas histórias, memórias e conhecer locais da Aldeia cuja história se cruza com a dos seus antepassados.
Porque os projectos de memória não remetem só para o Passado…
A carregar...
As novas tecnologias de comunicação têm aspectos fantásticos. Permitem-nos contactos com pessoas que julgaríamos perdidas no tempo ou que nem conhecíamos. É o meu caso em relação ao Soito da Ruiva: move-me uma curiosidade e uma nostalgia por gente que tem comigo alguma ligação familiar e que eu desconheço. Vale bem a pena porque esta procura das raízes tem de facto uma porta para o futuro…talvez as nossas aldeias não estejam condenadas ao esquecimento e à desertificação, quem sabe, um dia através desta curiosidade e interesse possam reanimar-se e ter alguma vida. Nunca estive no Soito da Ruiva, ouvia histórias da minha avó e da minha mãe sobre Fajão e Ceirôco que me fazem lembrar os romances do Aquilino Ribeiro. Muito parecidas com as histórias de vida de muitos habitantes do Soito da Ruiva. A nossa serra do Açor é muito madrasta, apesar de muito bela, mas todo o país era o que se sabe…
Tenho intenção de lá ir neste próximo Agosto. Que dia é a festa?
Até breve e um abraço aos meus semi-conterrâneos e parentes.
Casimiro Lopes dos Santos
Casimiro Lopes dos Santos, 26 de Julho de 2009, 17:44.