Amigos do Soito da Ruiva

Soito da Ruiva, 26 Março 2013

No convívio de Carnaval em Soito da Ruiva, vários foram os amigos que visitaram a aldeia e entre eles o grupo ComTradições que por sua vez também trouxeram amigos. A exemplo disso o amigo Videira que, retribuindo a amizade, convidou os amigos Adelina e José Niz a sua casa, surpreendendo-os com uma mensagem de gratidão pela hospitalidade em Soito da Ruiva.

Como Soitodaruivenses que somos, todos nos identificamos com esta mensagem e por isso enviamos um grande abraço a estes amigos, partilhando aqui a sua mensagem…

“… Entre as Serras da Estrela e da Lousã, em plena Serra do Açor, a uma altitude de 700 m fica a aldeia de Soito da Ruiva.

Já o relógio havia batido as badaladas do meio dia quando num sábado de Fevereiro do ano da graça de 2013 tivemos o prazer de chegar, pela primeira vez a Soito da Ruiva.

Este poderia ser o inicio de um belíssimo romance, se eu tivesse engenho e arte para o escrever, já que não faltam as paisagens, os bucólicos locais ou os personagens – tudo estava lá.

Assim, ficam apenas umas breves linhas.

Alguns de nós que hoje aqui estamos pudemos visitar ou revisitar esta maravilhosa aldeia no fim de semana passado. Sobre esta aldeia poder-se-ia contar imensas coisas quer a quem conhece, quer a quem não conhece: as casas que preservam a aparência exterior de outros tempos, a escola reconstruída e sem alunos mas que conta a história dos que por lá passaram, as ruas estreitas onde não passam carros, a fonte que deita uma àgua pura, o “bom dia” de manhã a quem se conhece e a quem chega de novo, a dureza do frio nos dias de Inverno e o calor das pessoas para todos os que lá estão.

Mas é preciso ir lá para sentir tudo isto. Numa aldeia onde apenas vivem 19 pessoas, ter capacidade para num fim-de-semana poderem pernoitar mais de 100, sem duvida que é tarefa só possível quando existe muito carinho e amor para dar por parte dos anfitriões.

Os que chegam pela primeira vez ou que já são conhecidos são recebidos com uma salva de palmas e com uma tranquilidade inigualável. Chegam quando chegam, os horários pouco importam.

Almoça-se e janta-se em comunidade. Canta-se e toca-se acordeão à desgarrada com quem se conhece ou não, dança-se ao som da musica que se produz e vive-se com ou sem luz eléctrica com o mesmo bem estar  de uma sala ampla, iluminada e aquecida.

Efectivamente não foi necessário o conforto da cidade para nos sentirmos muito bem, comermos e dormirmos muito bem e acordarmos num duro dia de Inverno muito aquecido pela amizade e pelo carinho de todos os que gostam de receber bem os amigos e os amigos dos amigos.

Aos nossos amigos e compadres Dina e Carlos o nosso muito obrigada pela amizade que têm por nós há muitos anos. Graças a isto podemos ter conhecido os anfitriões.

Aos restantes amigos e companheiros de viagem também um grande agradecimento pela belíssima companhia e boa disposição durante todo o tempo que estivemos juntos.

Aos amigos Adelina e José, do Soito da Ruiva (os últimos, mas claramente os primeiros) um agradecimento especial pela forma como nos receberam e pela preocupação constante connosco, pela disponibilização da sua casa e pelos otimos almoços e jantares que nos ofereceram. Não esqueceremos a deliciosa caldeirada e o borrego assado no forno com que nos brindaram no dia da chegada… e o arroz de fersura, o caldo verde e o excelente cozido à portuguesa que nos ofereceram nas refeições seguintes, estas já tem comunidade.

É certamente esta forma como recebem os amigos, por isso aqui fica o registo dos muitos elogios que ouvimos sobre eles : “Boa gente, muito carinhosos, sempre bem dispostos, amigos do seu amigo”

Parabéns para eles, bem hajam e que Deus faça com que durante muitos anos possam levar muitos amigos a desfrutar da sua companhia no Soito da Ruiva e de tudo o que isso envolve.

(…)

Queremos certamente voltar ao Soito da Ruiva…”

Obrigado amigo Videira, desejamos-lhe muita força e saúde para nos poder visitar muitas vezes…

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