O meu irmão Fernando

Uma vez a minha mãe cozeu a broa e o meu pai não gostava que cortassem a broa aos murros, aos bocados. A minha mãe coze a broa e o meu irmão Fernando agarra numa broa debaixo do braço, e vai para o mato. O meu pai passa por ele e disse-lhe assim:

- “Assim já funde!”

O meu pai era assim muito engraçado! Depois ele com medo do pai não vinha para casa. Para o pai não lhe bater,pôs por dentro das calças bocados de cortiça, dos cortiços das abelhas, que era para quando ele fosse a bater, não lhe doer. Nunca mais esqueço isso! Começam-lhe a cair aqueles bocados de cortiça no chão. Coisas que a gente passava! E ele nem gostava nada do meu pai. Esse meu irmão teve uma falha qualquer... Até aos 17 anos foi assim um bocadinho duro. Só fazia era mal. Depois faziam queixa ao meu pai, que ele corria as pessoas à pedra. Era com cavalos para o padre, o padre para um lado, era os cavalos para o outro. Era assim. Eu achava tanta graça àquilo!