“Zuca, zuca, zuca, zuca”

Eu era muito traquina. Muito amiga de brincar. Uma vez os meus irmãos estavam todos doentes! Eu gostava de tratar do gado. Tirar o esterco dos currais, para as fazendas. E eu não faço mais nada, agarro, levanto-me e levo um bocado de comer para pôr aos bichos. Caí de uma parede abaixo, para cima de um mato, espetei-me toda. Estive tão doente... Veio o barbeiro, era um homem de Fajão. Veio-me ver, e com uma faquinha, nas minhas costas, parece que ainda estou a ver a pontinha da faca a cortar-me, zuca, zuca, zuca, zuca! Puseram-me umas ventosas (eram uns copos que eles punham) e depois dizia para a minha mãe:

- “Olhe, não dê comer à sua filha!”

Foi assim. Foi como um médico, dizia a minha mãe. Eu comecei a deitar sangue da boca. Fiquei com a febre por me ter levantado para ir tratar dos bichos. Mas fiquei melhor.