“O dia da matança era uma festa”

O dia da matança era uma festa. Fazia-se bom comer. Tínhamos enchido e presunto. Depois, põe-se ao fumo quando se tiram da tina. A gente salga aquilo bem salgadinho, enterra-os no sal, está lá um tempo. Depois, a gente tira-o, lava-lhe aquele sal e põe a enxugar donde há lume e fumo a chegar. Quando estiver seco, já se arrecadam e depois, quando a gente quer, vai lá cortar. Uma vez, “insertaram-me” duas pás. Cada porco tem dois presuntos e duas pás.

A minha loja tem uma serventia “pia baixo”. Aquilo era um quelho, todo em penedos. Há anos, cortaram aquilo tudo e fizeram escadas em pedra “pia baixo”. Desce-se uma escada e outra e outra e outra até em baixo, até chegar perto da ponte.