António Francisco Duarte e Silvina da Conceição

O meu pai é António Francisco Duarte e a minha mãe é Silvina da Conceição. O meu pai é de Monte Frio mas, antes de ser daqui, tinha sido dos Pardieiros. Os pais dele eram dos Pardieiros, aquela terra em baixo do Monte Frio. Ele casou com a mulher que tinha e veio para cá. Depois enviuvou e foi namorar a minha mãe no Enxudro. Eram primos, mas afastadões. A minha mãe casou com ele e veio de lá para o Monte Frio morar. E, então, fizeram aqui a vida deles.

Nós éramos seis irmãos, cinco daquela mãe, mas o meu pai já tinha o outro da primeira mulher. Era o meu irmão mais velho, Zé Francisco. Era meio-irmão. Ele foi sempre muito bonzinho, porque quis dividir tudo a meias com os irmãos. Só lhe deram uma fazenda a mais para ele. O meu pai entendeu que lhe pertencia mais alguma coisinha e deu-lhe um dote. Ele ficou com o dote e o resto quis dividir. Já morreu.

O segundo é Alfredo Francisco Duarte. Era o mais velho e ainda é vivo. Depois, era a Lucinda da Conceição Duarte. Também ainda está viva. Era outra irmã, a Alzira da Conceição Duarte, que já foi embora, morreu. Depois, era o meu irmão Alberto Francisco Duarte. E eu era a mais nova. Tinha menos dois anos que o Alberto. Mas esse, coitadinho, já foi. Morreu novo com uma embolia, quando estava em Lisboa. Era estabelecido em electrodomésticos, móveis, isso tudo. E também fazia colchões. Teve uma vida de muito trabalho e, quando a filha casou, deu-lhe uma farmácia e ela estudou Farmácia.

Éramos seis: três morreram já e três estão vivos. Sou eu, a minha irmã Lucinda e o Alfredo. O resto morreu tudo. Só a mulher do meu irmão Berto e a do Alfredo ainda estão vivas. São gémeas. Casaram os dois irmãos com duas irmãs gémeas.