Jeito para o negócio

Eu realmente gostava do negócio, gostava de comunicações. Ainda me recorda, uma vez, havia uma casa na Rua dos Anjos, que vendia por requisições. Há uma senhora que vai lá para cima ter a essa casa mas não tem dinheiro lá para os copos. E ela diz o que quer e eu estou de volta dela a explicar. Dali a um bocado está o negócio fechado quando ela apresenta a requisição. Eu disse:

- Olhe minha senhora desculpe mas essa requisição não é para aqui.

- “Ai não é? Ai como é que eu... Então você recebeu-me tão bem como é que eu...”

E o patrão entra pela porta dentro a ouvir a conversa. Ela não sabia que ele a estava a ouvir.

- “Então?”

- Sabe como é senhor Almeida. Minha senhora isto é aqui para o lado, não é para aqui.

Ela fez novamente a mesma conversa para o patrão:

- “Tão bem que eu fui atendida por este rapaz, o senhor pode estar descansado que tem uma casa bem entregue”.

Mais tarde até andava para ver se abria uma casa comigo. Só para eu estar a vender ao público. Mas eu depois fui para a tropa e mais tarde ele faleceu. Um homem que só bebia vinho morreu com uma barriga de água. São coisas que acontecem. Então depois já não cheguei a estabelecer.