Uma pessoa para orientar

Casei-me em 1967. Depois ainda continuei até 1968. Em 1968 então, resolvi ir para Moçambique. Agora, geralmente vão mais para o estrangeiro. Para França, Alemanha, essa coisa toda. Mas naquela altura era só Moçambique. Moçambique e Angola. Eu fui por intermédio de uma pessoa de cá da Benfeita que estava lá. Ele é que me mandou ir. Uma pessoa ia para lá, já sabia que tinha lá uma pessoa à espera deles para os orientar. Lá estive. Primeiro andei lá nas cantinas. A vender roupas e a comprar isto e aquilo que eles vendiam. Mas vi que aquilo não resultava. Fui então empregar-me numa companhia de estradas. Era motorista. Aí é que foi mais o meu forte. Depois para lá foi a mulher e por lá andáramos até que tivemos que regressar. Aquilo pôs-se ruim. Ainda passámos lá a Independência.