Alfredo Nunes Santos Oliveira e Palmira do Rosário

O meu pai era Alfredo Nunes Santos Oliveira e a minha mãe era Palmira do Rosário. A minha mãe, não conheci. Tinha eu ano e meio quando ela faleceu. Já há 80 e tal anos que a minha mãe morreu. Estava grávida. Dizem que antigamente havia a “pulmónica” - que lhe metiam este nome - e fiquei sem mãe. Sei que, coitadinha, trabalhava no campo e em casa, mas não me lembro de nada dela. Nadinha.

Antigamente o meu pai era carpinteiro. Tinha carpintaria. Também era gerente do lagar no azeite. Ele é que tomava conta. Trabalhava muito e esteve muitos anos na Junta. Era o presidente. Quando havia qualquer coisa de zangas aqui na freguesia ou assim, iam ter com o meu pai e ele, se pudesse, apaziguava e lá acomodava as pessoas. Se não pudesse, iam para Arganil. Estava sempre pronto para qualquer coisa. Depois, puseram o nome dele aqui numa rua. Eu até estava em África. Na altura, fizeram-lhe uma festa, uma inauguração. A placa até está na minha casa. E tem outra em cima, no cimo da rua. Mas ele, coitadito, faleceu logo daí a uns dias.