“Aqui é só o café para se distrair”

Em Foz d’Égua, quem pode vai ao mato e à lenha. Mas eu não posso andar desta perna. Já há mais de um ano que não roço mato, nem a lenha sequer. Hoje, faço pouco, porque não posso. Aqui ao fundo da minha casa pia baixo está tudo de relva. Não posso trabalhar.

O meu dia hoje é conviver com a filha. Indo almoçando, vou aos Chãs d'Égua tomar a bica. Às vezes, tomámo-la aqui, em Foz d’Égua, mas outras vezes vamos aos Chãs d'Égua. Aquela moça que está naquele café é minha sobrinha. É da Gramaça. Então, às vezes, vamos passar um pedaço com ela. Aqui, é só o café para se distrair aí um pedaço, todos. Ainda ontem, às nove horas, antes de virmos para aqui estar, fôramos ao Piódão à bica. Depois, os mesmos jogaram as cartas até à meia-noite. Eu fui dormir. Estava enfadada de lá andar por o lado. Às vezes, aos domingos, ainda há muita gente em Foz d'Égua. Vêm estes turistas. São boas pessoas que costumam ainda beber uma biquita, uma cerveja. Sentam-se, conversam com as pessoas. Ainda bem que gostam de cá.