Medicamentos do campo

Quando as pessoas estavam doentes, tínhamos que ir ao médico. Íamos a Oliveira e a Vide também. Não havia carro, íamos a pé. Pois, tinha que ser. Tinha que se andar e parar. Mas também estava, aqui no Piódão, um que era barbeiro e dava remédios. Chamavam-no senhor Arnaldo, mas já morreu. Dava os medicamentos aí do campo, umas ervas, chazitos, às vezes, de erva-cidreira, hortelã... A hortelã era um chá a ver se abrandava as dores. Às vezes, resultava, outras vezes não, era conforme. Se calha, calha, se não calha...

Agora é que já começa a vir um médico ali ao Piódão. Vinham lá dar a vacina. E eu, volta não volta, lá tenho ido. Mas ainda hei-de ir para Oliveira ao médico. Está-se-me a acabar os medicamentos e eu tenho que pôr as patinhas ao caminho.