“Não conhecíamos a luz de agora”

Para nos iluminarmos, era com um candeeirito a petróleo. Ainda tenho para ali um. Eu fazia croché e a minha mãe costurava à máquina com aquela luz. Eu hoje vejo tão mal e ela, coitadinha, também não vê. Mas como é que as pessoas podiam fazer? À gente, não nos fazia muita diferença, porque não conhecíamos a luz de agora. Tínhamos que nos governar com aquilo que tínhamos. Depois, a gente tinha de levar o candeeirito connosco, porque não tínhamos um aqui, outro ali, outro além.