“De tradição”

O milho era com o que a gente se sustentava. Não havia padeiros como agora. Apanhava-se o milho e malhava-se. Era com um pau, a bater para sair o grão e punha-se a secar. Depois ia para o moinho para fazer farinha. Cozia-se o pão e era broa que dava para oito dias. Já era a mãe da minha mãe que fazia a broa e depois passou para a minha mãe. Vem de tradição. Ainda me lembro de eu pôr as broas. Punha no forno. O forno era também à lenha para se aquecer. Começando a estar vermelho lá por dentro, a ficar branco estava quente e punha-se a broa a cozer. Demorava aí uma horazita, pouco mais ou menos. Depois já nunca mais se usou. Vieram os padeiros, acabou-se a broa.