“Mal da terra nunca o direi”

Queria ver aqui melhoramentos bons. As estradas bem arranjadas, e os caminhos. Mas isto às vezes são coisas que o Governo nem tem para os outros lados. Há uma estrada a ir de Vendas de Galizes para o lado de Covas aquilo já nem se sabe por onde é que se há-de passar. Buraco para um lado, buraco para o outro. Se eles não gastam nos outros concelhos, também não gastam aqui no nosso. Eles não o têm, se calhar.

Mas gosto cá da terra. Foi cá que em nasci e cá hei-de morrer é claro. Já que não morri noutro lado espero morrer aqui. Tenho em cima lá o meu quinhão porque eu ajudei a fazer, quando vim de Angola, do princípio ao fim também. Lá o cemitério.

Às pessoas que não conhecem o que é que lhe havia de dizer? Claro, mal da terra nunca o direi. Tinha que lhe dizer que isto era bom e pronto. Ainda assim há sítios piores. Para lucrar em saúde não há coisa que chegue cá à serra. É mais saudável do que certas vilas lá para baixo. Porque não têm poluição de carros e de fábricas e daquilo tudo. E nós aqui não, não temos poluição nenhuma.