“Se o pai desse conta...”

Um dia estava o meu pai já a levantar-se e eu estava-me a deitar. A minha mãe ainda deu conta. Diz ela:

- “Ai, se o pai desse conta, estavas lixado!”

Mas ele não deu conta. Lá se levantou, foi botar a água e eu estava todo sossegadinho e ainda disse:

- Deixa-te ir que vais bem.

Se fosse ele dar-se conta... Mas depois, ao outro dia, tinha as pernas todas “esgarranchadas”. Cheguei ali ao fundo da casa, conforme ia para subir as cabeiras, de modo que desequilibrei-me, comecei a andar de marcha atrás. O cume era baixo, havia lá umas couves, rasguei-me todo nas couves! Ó pá, ao outro dia, diz meu pai:

- “Andaste aos tombos!?”

- Ah, eu sei lá, já não me lembro.

Então depois, ao outro dia, foi comigo. Mas, esse dia, chegámos cedo para baixo.