“Nem sequer uma galinha tenho”

Gosto mais de estar por aqui no campo. Fui habituada nas fazendas. Faço as minhas coisinhas em casa e depois vou para a fazenda. Cultivo uns feijõezitos, mas é o filho que me cava a terra com uma máquina. Tem uma máquina de lavrar a terra. Depois, é que então semeio alguma coisa. Mas ele já me avisou:

- “Não é este ano que lhe cavo nada, que você não pode, mãe.”

Pois não, não posso. Deixo cair as ferramentas. É uma enxadita e uma “sachita”. Nem sequer uma galinha tenho. Era longe onde as metia. Quando fui operada, já não podia. Não via para lá ir tratar delas, pronto. Só peço aos santinhos e a Nosso Senhor que me dê saudinha.