“Chamávamos barbeiros”

Não havia médicos antigamente. Ó, ó! Que é deles? Aqui assim era os homens que aí havia, chamávamos barbeiros. No Piódão ainda conheci um. Ele era Francisco, não sei o sobrenome. Ainda era gaiato pequenito, lá fui compor o moinho mais o meu pai, que Deus tem. Ai, comia-se tão bem naquela casa! Era carne de cabrito e tudo. Corria tudo aquele homem, aquelas áreas todas, ao Soito da Ruiva, lá por um lado e por outro. Era muito atencioso! Dava assim bons remédios. Ao fim, não me lembro bem, o meu pai lá levou um tio uma vez. Ainda era só um gaiatito pequenito e fui só para comer uma bucha ao pé do meu pai. E eu ainda lá fui também uma vez ou duas. Foi qualquer doença que eu tinha. Não sei como ele aprendeu. Também me lembro que havia vacinas antigamente. Era lá um que lá estava, que chamavam senhor Arnaldo, esse é que dava as vacinas. Era filho do Francisco, o velhote. Esse ainda o conheci lá deitado na cama.