“Amigo da natureza”

Eu sou um amigo da natureza, que nós necessitamos muito dela. Nós, sem natureza, não vivíamos. Então, quando eu me reformei, e como aqui nos Barreiros não havia lugares, nem praças de hortaliças nem nada, deixei aqui tudo criado. Eu fiz uma plantação de árvores de fruto. Tinha 22 pereiras, macieiras era uma quantidade delas, pessegueiros, laranjeiras, limoeiros, toda a espécie, até quivis.

Depois, em 1988, houve aqui um grande incêndio. Ardeu-nos tudo. Começou ali na lomba, quando se sai para o Piódão, onde está um depósito, à direita. Outro dia, às dez horas, já tinha ultrapassado a serra. Uma força tremenda! Então, a partir daí, dediquei-me à plantação de medronheiros. Hoje tenho um património, que já cheguei a colher 1000 quilos. Não é nada 1000 quilos, mas há diferença. Ninguém plantou. Só eu é que plantei. Só eu é que sou o amigo de criar riqueza.