“Fogo por todo o lado”

No último incêndio que veio tinha eu sido operada há pouco tempo. Levaram-nos para Côja, tive de dormir no chão. Andou o fogo em volta das casas. Quando cheguei andava na casa da minha vizinha. O que eu passei no rescaldo, não havia ninguém, não havia bombeiros. O que eu passei toda a noite. E para livrar a casa dos meus vizinhos de cima. Andava com água mas depois também não havia. Queimaram-se os tubos. Só água dentro da barroca. Foi o que ainda nos safou mas deitava pouco. Vi-me aflita naquela altura. Não sabia por onde me havia de virar. Era fogo por todo o lado.