“Carregar sacas de carvão”

Depois, empreguei-me lá em Cebola, que agora é São Jorge da Beira. Pertence à Covilhã. Naquela altura, tinha 23 anos. Foi no ano em que casei. Trabalhei nas minas oito anos, no mesmo patrão do meu pai. Ele era negociante de carvão particular. Tinha camionetes. Eu era ajudante de camionagem. Não era motorista. Não tinha carta. O meu trabalho era carregar sacas de carvão nessa serra. Estavam carvoeiros a fazê-lo e nós a carregá-lo. Levávamos para Canas de Senhorim, para a fábrica de fundições de ferro.