“Nem beijos nem nada”

Conheci o meu marido na Benfeita. Ele ia muita vez a minha casa com os meus irmãos e o meu pai era muito amigo do pai dele. E assim foi. A gente se começou a namorar. Teve que ir pedir aos meus pais se podia namorar ou não. E não havia beijos como há agora! Agora começam a namorar, começam logo a beijarem-se e, por vezes, ainda a fazerem outras coisas. Antigamente, não, senhor! Era só no dia do casamento. Ao mais não havia nada para ninguém, nem beijos nem nada. O namoro era a falar um com o outro e pronto. E não era preciso estarem acompanhados. Para quem se dá ao respeito não é preciso. Hoje é que não. Não é assim, é doutra maneira. Namorámos aí uns dois anos. Depois ele disse que queria casar comigo e tratou-se do casamento.