“Fiz tudo o que pertencia”

Andei na doutrina. Era aqui. Fiz a Profissão de Fé e o Crisma. Fiz tudo o que pertencia. Quem ensinava era uma mulher que aí está, que foi freira 12 anos. A que, agora, toma conta da capela. Trata da capela, enfeita, limpa e trata de tudo. Às vezes, as nossas irmãs e as nossas mães davam-nos a doutrina. Tínhamos que estar ali sossegadinhas, senão já sabíamos como é que era. Quando a gente se dava conta, pumba!

Quando era mais pequena, ia à missa. Nós tivéramos quase sempre missa até 1970. Depois, o padre foi-se embora e já não veio mais nenhum. Se queríamos ir, tínhamos que ir ao Piódão. Só ia lá celebrar. Aqui, deixou de haver. Vem cá uma vez por semana, às vezes aos sábados, quando cá o mandam vir. Só que não vem cá todos os sábados, porque é caro. São 40 euros, 8 contos, pela moeda antiga. Então, vem cá ao menos uma vez por mês para renovar o Santíssimo. A gente tem o Santíssimo. As pessoas, quando fazem anos de falecimento ou assim, também o mandam cá vir. Mas não se pode cá mandar vir muita vez, porque fica muito caro!