“Todos os dias e sempre a pé”

O correio era a pé. Iam levar as malas, com as cartas, a Pomares. Passavam por essas terras todas. Na Fórnea era a mesma coisa. Até era o meu cunhado, o carteiro no meu tempo. Levava de lá, depois ia a Malhada Chã e ia levar ao Piódão e depois retornava. Todos os dias e sempre a pé. Era horrível com chuva e com neve. Nevava muito. No alto neva muito. Às vezes, já há mais de um mês que não havia neve e na terra, ainda tinha ele que andar a calcá-la na serra. Era horrível.