A carne e os doces

Quando era pela festa todos matavam uma rês, era assada a carne no forno. Fazia-se coscoréis, fazia-se tigelada, fazia-se arroz-doce. Primeiro não, mas ao fim faziam-se já pães leves. É fazer os bolos. Batia-se os ovos, bem batidos, e depois punha-se uma colher de farinha para cada ovo e de açúcar e depois punha-se no forno. Mas primeiro era coscoréis mais.

Os coscoréis são amassados e têm de ser fintos, se não forem fintos não prestam. Era também com um bocadinho de massa, punha-se um bocadinho de massa. Amassava-se por exemplo hoje e só para amanhã é que se fazia. Que eles crescem, ao fim eles crescem. São amassados só com ovos. Tem o azeite a ferver, depois agarram, tiravam um bocadinho de massa, “espichavam”, depois punham no azeite, depois estando amarelos tiravam-nos. Estava uma a botar e outra a tirar, e a virar.

A tigelada são também batidos os ovos. Bem batidos. Depois leva açúcar, depois é posto nuns tachos, chamemos vidrados de barro, há muitos agora pelas feiras. Punham-se no forno. Quando colhe aquela casca assim para cima, a gente tirava-lhe a casca. Por acaso aquilo era bom. A minha irmã, uma que está em Lisboa faz tanta vez, para dar àquelas pessoas. Tem lá muitas galinhas, e tem muito conhecimento. É melhor que os pudins. Eu também os como. Não há nada que chegue àquilo.