“Ajuntava-se a família para matar o porco”

Nesse dia, ajuntava-se a família para ajudar a matar o porco e, depois, faziam uns torresmos. Daí por uns dias, salgavam os ossos. Antigamente, aquilo era tudo posto naquelas tinas. Dali, é que iam cortar para comerem um bocadinho. E, quem não tinha dinheiro, tinha que vender os presuntos no fim de eles estarem curados para depois comprar outro porco. Vendiam os lombos, a coisa melhor do porco, para terem dinheiro. Ficavam aqueles ossos para fazer os enchidos. Coziam-nos e na água é que iam fazer as farinheiras. Chamavam-lhes as farinheiras, porque era com farinha e os untos daquela carne mais gorda. Cortavam e depois punham no fumeiro para secar para comer.