“Governávamos das terras”

Depois do casamento, continuei com a mesma vida do campo, da agricultura. Era o nosso sustento. Governávamos das terras. Trabalhava no campo, em todos os trabalhos. Ia-se ao mato todos os dias como dantes. Era estrumar as terras para elas darem. Tinham-se umas cabritas, umas ovelhas, um porco, umas galinhas. E, depois, ainda buscar a água lá em baixo para casa, para se gastar em casa, para eu tratar do porco. Eu deitava um cântaro de água para a ferrada do porco cada vez que ia-lhe deitar a refeição dele. Era a agricultura e era em casa. Os cantarinhos da água que eu tinha que ir buscar durante o dia. E, às vezes, já de noute para tratar dos animaizitos todos que tinha, fazer a comida e a lida de casa e tudo isso. Mexia tudo por fora e depois tinha de chegar a casa e fazer tudo isso. Foi sempre uma vida de muito trabalho.