“Era explorador moto”

Depois, fui para a tropa em 1951, com os meus 21 anos. Fui para o Regimento de Cavalaria n.º 5 em Aveiro. Ainda era bastante longe e não havia pessoas de cá. Desse ano era só eu. Mas foi bom. Aprendeu-se bastante. Estive lá 16 meses e oito dias. Havia quatro formações que era: Formação e Trem, o Esquadrão Moto e outro a cavalo. Cada esquadrão tinha a sua maneira. Formação e Trem era automóveis e camionetes. Eu fiquei no Esquadrão Moto. Era explorador moto. Mas todos na recruta aprendiam a andar a cavalo lá dentro no picadeiro. Para sair, já se saía com os seus carros ou com as suas motas e essa coisa toda. Tivéramos na instrução uma volta que foi de Aveiro a Castelo Branco. Estivemos sábado e domingo. Na segunda-feira, saímos de lá de Castelo Branco, pela Pampilhosa da Serra, Coimbra e à noite estávamos em Aveiro no quartel. Era uma marcha grande. O que conduzia era explorador moto, os outros levavam os carros, levavam as cozinhas, tudo o que era preciso para fora. Passou-se o tempo assim mais ou menos.