“Resolvi pedir-lhe namoro”

Eu conhecia a minha mulher daqui da aldeia desde os 6 anos, de pequeno. Ela veio para aqui aos 6 anos trabalhar lá para casa dos padrinhos e nós éramos os vizinhos. Eu trabalhava muito tempo fora, mas vinha de vez em quando cá. Vim cá numa altura de Lisboa e disse:

- Bem, agora está na hora de eu me casar.

Por lá, não gostava assim muito do ambiente. Então, cheguei cá e resolvi casar-me. Pouco tempo houve de namoro. Escolhi-a, porque gostei dela e do ambiente. Eu já tinha namorado uma outra rapariga de cá por cartas e isso. Ela não estava cá, estava a servir aí numa outra terra, mas eu gostei da minha esposa e resolvi pedir-lhe namoro para casarmos e isso. Tudo bem. Tive que pedir aos pais dela. Nessa altura, não se podia namorar sem autorização dos pais. Praticamente, não se andava para aí a namorar assim. Pensavam em casar e casavam.