Temos uma casa de convívio que é onde se reúne aí a malta quando vêm em Agosto. Os poucos dias que cá estão, tem a bica para tomarem à hora do almoço, à noute. Isto é uma tradição. Fez-se aquilo o ano em que eu me casei. Portanto, há 37 anos. Se fosse aí dez anos mais tarde já não se fazia. Porque as pessoas, umas desvalorizam assim da ideia. Vêm aí pelas festas e cá está a malta para o resto. Há aqui umas sete ou oito pessoas de 80 anos para cima, 86, 87. Há também uma classe aí de uns sete ou oito de 70 já para cima, muito próximo aos 80. Casais novos são só quatro. E porque casámos e ficamos cá. Ainda assim temos na Mourísia 31 pessoas. Entre pessoas pequenas e grandes.
Na Mourísia mudou, em questão de fazenda. Está tudo relva. Em questão de arranjo de caminhos, há coisa de 30 anos atrás, era aí umas penedas autenticamente. Havia poucos caminhos. Depois daí para cá, com os fundos da Comissão, de dinheiro que se fazia nos leilões, que se fazem hoje, hoje está mais difícil, começou-se a melhorar uma rua, outro ano outra, outro ano outra. Não há nada nas ruas que ou cimentado ou em escadaria, está tudo arranjado. Depois os melhoramentos que fizeram estão à vista por aí afora.