“Se partisse um cântaro de barro depois era um problema”

Só houve abastecimento de água para aí em 1973. Antes nós tínhamos que ir com um cântaro, ir a uma fonte que há no fundo do povo, ali próximo da capela, tínhamos que ir à noite lá. Quando chegávamos a casa de trabalhar ainda vínhamos de noite buscar água. Nesses cântaros de barro. Depois mais tarde foi uns de zinco. Eu queria mais ir com esses, porque se partisse um cântaro de barro depois era um problema em casa, porque o pai:

- “Hei, partiste o cântaro. Agora vais apanhar uma tareia.”

Então eu só queria ir com aquele, um cântaro de zinco. Mesmo que caísse, não havia problema. Embora se amassasse, não havia o problema de partir. Então havia essas dificuldades. E não havia casa de banho, não havia nada. Tínhamos que ir ao mato. Não havia estas condições que há hoje.