“Mais tarde já era de mota, agora já é de carro”

O correio havia aí um que andava com umas maletas aí ao ombro. Mais tarde já era de mota, agora já é de carro. Agora há uns tempos que já não é distribuir assim de mota. É tudo de carro. Todas as aldeias já têm estrada.

Havia ali uma caixa geral para depois a gente pôr ali as cartas. Depois levantavam as cartas à noite, de vez em quando. Às vezes, iam levar a casa, outras vezes tinha que se lá ir buscar. Quantas vezes abriam-nas para ver os segredos de quem recebia as cartas. Ainda sabiam primeiro o que vinham nas cartas do que sabiam os donos. Se havia cartas da namorada ou do namorado ficava tudo descoberto.