“A padroeira é a Senhora da Assunção”

Festas, também havia. A primeira vez que veio cá a música, foi à capela. Prepararam aquilo, veio cá a música, fizeram lá um coreto em madeira debaixo e eu fui lá sentar-me. Ficou-me a lembrança como é que era. Lá em baixo é que faziam a festa, a missa e tudo. Faziam procissão. Depois, vinham dar a volta e tornavam ir lá levar os andores. Umas vezes, levavam os santos, outras vezes, levavam só um, conforme. A padroeira é a Senhora da Assunção. Agora, é o terceiro domingo de Agosto que fazem a festa. No meu tempo, era Dia de Santa Cruz.

Uma vez, o meu pai era para servir de mordomo. Ele é que nomeava, mas não queria estar a nomear as coisas, porque não era à vontade de todos. Uns queriam numa altura, outros, noutra. Combinavam uns com os outros quando é que havia de ser. Uns queriam, outros não queriam. Uns queriam naquele dia, outros queriam outro dia diferente...

Lembra-me eu de ir lá com ele. Lá combinaram e foi Dia de Santa Cruz de Maio. O dia 3. Servíramos esse ano. O meu irmão foi buscar o fogo ao Monte Frio. Lá estávamos na paródia, o meu irmão, eu e um outro primo meu para botar uns foguetes ao mesmo tempo.

Nesse dia, era assim tudo à vontade, de qualquer maneira. Era muito “ralo” trabalhar. Era como um dia santo.