O Castanheiro da Memória

O Castanheiro da Memória agora não tem lá castanhas. O Castanheiro é meu, o cepo. É da minha propriedade. Não tem nada de especial. Para mim não tem valor nenhum. É grosso. Aquilo tinha de especial era se não estivesse podre por dentro, oco. Tem janelas, portelos. Não é nada de especial aquele tronco ali assim. Para mim não é nada de especial, mas eles acharam graça, pronto. Não o posso é cortar. Isso não. Cortar umas pernadas que vão secando, ainda é como o outro. Agora o resto não. Não lhe posso lá mexer.