Sempre todos amigos

Éramos amigos uns dos outros e continuámos a ser. Eu era quase próxima do meu irmão. Nunca guerreámos, nunca nada. O meu pai era muito bom e a minha mãe era uma jóia. O meu pai só, às vezes, bebia um copito mas nunca fez mal nem aos filhos nem à minha mãe. Nunca. Nunca fez mal. Foi sempre amigo dos filhos e da mulher. Nunca me ralhava. A minha mãe é que, às vezes, quando eu guerreava com o meu irmão ou com a minha irmã, agarrava na colher de pau para me bater, acenava com a cabeça, pronto. Passava aquela hora e acabava. Nunca me lembro do meu pai bater, nem a minha mãe. Às vezes, ralhavam um bocadinho mas bater não me lembro. Em minha casa mandavam os dois, mas mais a minha mãe que fazia o comer e o meu pai estava mais nas fazendas.