Comida farta e fato à medida

A gente foi-se casar à igreja da Benfeita, viéramos para Pardieiros a pé porque, nesse tempo, ainda não havia estrada. Não era como agora, não havia carro. Convidou-se a família toda e aquelas pessoas que melhor conviviam com a gente. Fizéramos um banquete para 50 ou 60 pessoas. Quem tivesse uma casa boa, por exemplo, com duas salas, emprestava a casa e era assim.

A comida era farta de tudo, podia não haver para os outros dias mas era farta de tudo. Matava-se ali três, quatro ou cinco cabeças de gado, assavam-se nos fornos, que quase toda a gente tinha fornos, botava-se numas caçoilas, fazia-se duas caldeiras grandes, assim grandes de arroz, geralmente, eram três caldeiras, uma de arroz branco, outra de arroz amarelo e outra de tapioca. Toda a gente comia.

Eu levava fato, mandei-o fazer em Lisboa, e ela também de lá veio preparada já, com a roupazinha dela. Comprámos a roupa dela já feita. A minha não, a minha para ficar mais preparada para o meu corpo, comprei o pano lá nos armazéns, e depois o alfaiate é que tomava a medida e depois punha o fato à medida do corpo.