“O azeite era bom”

Quando a azeitona estivesse já moída, iam com uma pá, enchiam os caldeiros e deitavam nas seiras. Umas seiras grandes, uns capachos grandes, que eram feitos em Vila Nova de Poiares. Iam acamando uma por cima da outra. Daí, levava a vara por cima. Era apertada com um peso, uma espécie de parafuso e o azeite com um peso daqueles era obrigado a sair. O azeite era bom. Melhor que o dessas fábricas modernas, em que vem o azeite a ferver. Ali, não. Ali estava um tanto tempo a repousar. Quando era medido para as vasilhas, já estava assente. Não tinha borra, nem nada. Estava bem preparado.