Tínhamos cabras. Depois para o fim é que já tínhamos coelhitos. Burros e outras coisas, aqui não havia. Não havia adubo, não havia nada. Era com aquele estrume de onde dormiam as cabras que estrumavam as terras. Eram os pais que levavam os animais a pastar enquanto a gente não podia. Assim que a gente começou a arrastar os pés, éramos nós, eu e o meu irmão mais novo. Mas não andavam assim muito pelos matos. Era aí nas fazendas. Já não tínhamos assim rebanhos como era antigamente. Era cinco, seis cabritas, para fazerem um queijito para comer cá em casa. Era assim a vida. Tinha-se que se cultivar para comer.