“Um fato que servia para vestir futuramente”

No dia do meu casamento estava a chover e a nevar! Mandei fazer um fato e ia vestido com umas calças, um casaco e a camisa. Ela mandou fazer outro e assim se foi à igreja. Eram novos mas, naquele tempo, não havia fatos assim como agora levam os vestidos. Mesmo a minha mulher era uma saia e uma blusa à maneira dela e pronto. Não era, como agora usam, com os vestidos a rasto por o chão. Era um fato que depois servia para vestir futuramente, num dia qualquer.

Convidou-se as pessoas, fomos à igreja e depois juntaram-se lá em casa do meu pai. Agora já não me recorda quantos convidados é que eram. Se eram 20 ou se eram 40, não sei. Mas era a sala cheia! Fizeram o almoço e o jantar e lá comeram e beberam. Naquele tempo, comia-se a chanfana, arroz-doce e outras comidas nesse dia.