“Namorámos para aí um ano”

O namoro com a minha esposa foi muito engraçado. Fui trabalhar para a casa dos móveis e ela foi trabalhar também para a mesma casa, como criada dos patrões, e foi daí o namoro. Eu era empregado na casa dos móveis e o meu patrão morava ao lado, numa rua mais acima. Por exemplo, a casa era do 41 ao 47 e ela morava no 90 e tal! E foi daí. Começámo-nos a conhecer e pronto. Namorámos para aí um ano, pouco mais. Ela não tinha pai nessa altura. Não pedi nada a ninguém. A mãe não estava em casa, estava no Alentejo. Mas naquele tempo os casamentos não eram como agora. Foi casar, ir à igreja e mais nada! Levámos só os padrinhos.